Cirurgia de Redesignação Sexual (antiga “Mudança de Sexo”) em quem já operou fimose

A cirurgia que trata a fimose, chamada postectomia, consiste na retirada da pele do prepúcio, que recobre a glande (cabeça do pênis). 

Muitas crianças e adolescentes são submetidas a essa cirurgia por preferência dos pais ou mesmo por alguma indicação médica, ainda nos primeiros anos de vida.

Essa cirurgia pode ter vários benefícios em pessoas com pênis, tais como facilitar a higiene, reduzir odor desagradável e minimizar a possibilidade de infecções fúngicas.

Em mulheres que vão ser submetidas à cirurgia de redesignação sexual (antiga “mudança de sexo”), a principal técnica utilizada adotada consiste no uso da pele do pênis para confecionar um canal vaginal. 

A disponibilidade de pele no pênis, portanto, é um fator decisivo na escolha da técnica a ser usada na redesignação.

A questão é: se foi retirada a pele do pênis anteriormente, pode ser que não sobre pele suficiente para fazer uma neovagina

Mulheres trans que fizeram a cirurgia de fimose no passado naturalmente vão ter menor quantidade de pele disponível para fazer o canal vaginal.

Com um exame físico simples, realizado em consultório, consegue-se predizer se a pele peniana disponível será suficiente

Caso a pele do pênis não seja adequada, dispõe-se de outras soluções para otimizar o tamanho do canal vaginal. Um exemplo é o prolongamento do tubo de pele peniana com enxertos cutâneos provenientes da bolsa escrotal ou do abdome inferior.  Em casos mais complexos, pode-se inclusive lançar mão do uso de algum segmento do intestino para confeccionar a neovagina