Câncer de próstata: especificidades na população de homens gays e bissexuais
Apesar de ser bastante comum, o câncer de próstata em homens gays e bissexuais é uma área ainda pouco explorada.
Estudos sugerem que gays e bissexuais com câncer de próstata têm piores desfechos quando comparados a homens heterossexuais, o que pode ser atribuído a alguns fatores.
Homens gays podem estar inseridos em uma estrutura social diferente, quando comparado ao grupo heterossexual. São mais propensos a estar solteiros na meia idade e, no geral, têm menos acesso a cuidado por um cônjuge durante o tratamento do câncer e períodos de recuperação.
Podem, assim, depender mais de amigos e famílias de escolha para suporte e cuidado.
Após serem submetidos à prostatectomia radical, que é a cirurgia para retirada da próstata acometida por câncer, podem apresentar um sofrimento particular por não ter mais ejaculação, visto que a mesma exerceria um papel mais central no sexo gay.
Quando falamos sobre os gays e bissexuais passivos, alterações na sensibilidade e funcionamento intestinal, além de preocupações relacionadas à exposição à radiação (no caso de tratamento por radioterapia) tem implicações diretas.
Os estudos observam que homens gays casados, no geral, apresentam melhores desfechos e têm melhor suporte familiar.
Durante o tratamento para câncer de próstata, o suporte médico e social adequado e individualizado é fundamental! Olhar com cuidado e respeito para as especificidades desse grupo de pacientes é de extrema importância para fornecer uma assistência de excelência